​APAN e Aparelha Luzia promovem noite de curtas produzidos por diretoras negras

São Paulo, março de 2017 – Em comemoração do Dia Internacional da Mulher, a APAN – Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro – em parceria com o quilombo urbano Aparelha Luiza realizam uma sessão de curtas-metragens produzidos apenas por diretoras negras. Serão três exibições: “Afrodite”, de Renata Dorea, “A Boneca e o Silêncio”, de Carol Rodrigues, e “Pety Pode Tudo”, de Anahí Borges. O evento acontece dia 16 de março, quinta-feira, a partir das 19h, com entrada gratuita.

Enviado para o Portal Geledés 

​Filme: Afrodite, de Renata Dorea

A proposta do evento é valorizar o protagonismo das mulheres negras dentro do audiovisual, tanto nos personagens quanto na direção. Além disso, o encontro propõe a aproximação entre os profissionais da área para que se associem à APAN. “Já temos profissionais associados de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, mas sabemos que somos muitos espalhados pelo Brasil. Precisamos estar unidos e conectados para conseguirmos mais espaços em editais, realizar nossos projetos e contar nossas próprias histórias”, declara Viviane Ferreira, presidenta da APAN.

Sinopses

“Afrodites” 20min – Renata Dorea  (2016)

O documentário acompanha jovens mulheres em suas memórias sobre a transição capilar. Foram capturados os relatos sobre como uma alteração estética alcança temas como consciência e resistência afro, racismo institucionalizado e a luta diária de ser uma mulher negra no Brasil.

 

“A Boneca e o silêncio” 19min – Carol Rodrigues (2015)

A solidão de Marcela, uma menina de 14 anos, que decide interromper uma gravidez indesejada.

 

“Pety pode tudo” 18min – Anahí Borges (2013)

Pety é uma menina com um majestoso sentimento de controle de tudo que está ao seu redor. Um dia, a caminho da escola, acredita receber um aviso do anjo Gabriel prenunciando a morte do seu coelho de estimação chamado Perninha. O medo da perda e o desejo de controle a impulsionam na olímpica tentativa de driblar o destino profetizado.

 

Mulheres Negras no Cinema

Aparelha Luzia: Rua Apa, 78 – centro (www.facebook.com/aparelhaluzia/)

Data: 16 de março, quinta-feira, a partir das 19h.

 

Sobre a APAN:

As primeiras conversas para a criação da Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) começaram no ano de 2013, durante o “VI Encontro de Cinema Negro: Brasil, África, América Latina e Caribe – Zózimo Bulbul“, realizado pelo Centro Afrocarioca de Cinema na cidade do Rio de Janeiro, e se concretizou em 2016. A APAN é uma instituição de fomento, valorização e divulgação de realizações audiovisuais protagonizadas por negras e negros, de todas as regiões do Brasil, e dedica-se ao fortalecimento da relação entre profissionais negros e o mercado audiovisual.

Trazendo como pilares estruturantes de sua formação, constituição e política a defesa de uma perspectiva inclusiva, com atenção ao recorte racial, em relação a todos os elos da cadeia produtiva audiovisual, sendo eles a concepção, produção, distribuição e exibição. Neste sentido, a APAN representa estes interesses perante órgãos públicos, fundações, instituições, ONGs e iniciativas privadas no Brasil e no Mundo.

 

+ sobre o tema

Número de mulheres congressistas cresce só 6% em 10 anos no mundo

Apenas três países possuem congressos com participação feminina igual...

Em meio à crise de violência, México apresenta taxa de feminicídio próxima à pandemia

Culpabilização do sexo feminino, naturalização da violência e corrupção...

Não se assumir gay pode prejudicar carreira profissional, diz especialista

O dilema sobre sair ou não do armário no...

para lembrar

Projeto “DEUS” o filme

No Kickante       Para contribuir clique aqui  

“Beleza negra é um ato político”, diz a pesquisadora Yaba Blay

A professora universitária, uma das principais vozes sobre colorismo...

Quilombola capixaba lança primeiro clube de leitura antirracista do Brasil

Com entrega mensal de livros a associados, Pretaria BlackBooks...

Cynthia Semíramis: Aborto e o novo projeto de Código Penal

Nos últimos dias tem havido muita informação – e...
spot_imgspot_img

Machismo contribui para a remuneração das mulheres ser inferior à dos homens

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres têm remuneração, em média, 17% menor que a dos homens e, até mesmo...

Aos 82, Benedita da Silva lembra trajetória de luta pelas minorias: “Ainda falta muito”

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que o cenário das minorias já melhorou bastante no Brasil, mas ainda há muito a ser...

Mulheres são assassinadas mesmo com medidas protetivas; polícia prendeu 96 por descumprimento

Casos recentes de mulheres mortas após conseguirem medidas protetivas contra ex-companheiros mostram que o assunto ainda é um desafio no combate à violência contra...
-+=