Debate sobre a presença da mulher na universidade e na política marca dia 8 de março na FFLCH

O evento terá a participação das professoras da FFLCH-USP e da UFRJ, Eva Alterman Blay e Lena Lavinas, com mediação da socióloga e diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda

Por Eliete Viana, do FFLCH

No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realiza a conferência Mulher, Academia e Política. O debate acontecerá às 10h e terá a participação das professoras Eva Alterman Blay e Lena Lavinas, respectivamente, docentes da FFLCH-USP e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que vão debater a situação das mulheres na Academia e na Política.

A mediadora deste debate será a socióloga e diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda, a qual destaca que a ideia do evento é fazer uma reflexão sobre a condição da mulher no mundo contemporâneo.

Eva Blay é um dos principais nomes do feminismo no Brasil – (Foto: Cecília Bastos/USP Imagens)

Debate necessário 

“Será uma reflexão realizada por mulheres sobre a importância pública delas. Pois, apesar da forte presença das mulheres em todas as esferas, elas estão pouco contempladas nos cargos mais altos da universidade e da política. Por isso, há muito o que fazer ainda”, declara Maria Arminda, que é a segunda mulher a tornar-se professora titular no Departamento de Sociologia – a primeira foi Eva Blay – e a segunda a exercer o cargo de diretora na Unidade.

Para a socióloga Eva Alterman Blay, que é professora titular sênior do Departamento de Sociologia da FFLCH e coordena o Escritório USP Mulheres, desde 2016, 8 de março é um dia de luta, que é importante existir para que a sociedade reconheça os direitos humanos das mulheres e a cidadania delas, uma questão que no Brasil e no mundo ainda á problemática.

“Não é verdade que alcançamos tudo. Pois, a violência e a discriminação ainda existem. É preciso educação para que esta cultura mude e se torne uma cultura que seja sensível aos direitos das mulheres. Por exemplo, no Brasil, ainda querem mexer em direitos garantidos na Constituição de 1988”, destaca a socióloga.

Lena Lavinas é professora titular na UFRJ – Foto: Reprodução/FFLCH

 

No debate promovido pela FFLCH, Eva falará sobre a política universitária para as mulheres, respondendo à questãoOnde estão as mulheres na USP?. E, a professora titular do Instituto de Economia da UFRJ, Lena Lavinas, vai abordar as mudanças recentes nas assimetrias de gênero e pensar em como isso vai impactar o ensino e a trajetória acadêmica das mulheres em geral, comparando países desenvolvidos e o Brasil.

Lena leciona Economia do Bem-estar e Avaliação de Políticas Públicas e Programas Sociais. Suas principais áreas de pesquisas são: avaliação de programas sociais de combate à pobreza; análise de impacto dos programas de transferência de renda; desigualdades de gênero e mercado de trabalho; sistemas de proteção social em perspectiva comparada; política social e desenvolvimento econômico; sistemas de informação e gestão pública.

A participação no evento é gratuita e aberta ao público em geral. Haverá emissão de certificado para as pessoas que registrarem presença no dia.

A conferência será realizada no dia 8 de março, às 10h, no Auditório Nicolau Sevcenko, do prédio de Geografia e História da FFLCH-USP, que está localizado na Av. Professor Lineu Prestes, 338 – Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações pelo telefone: (11)3091-4938 ou por e-mail:[email protected].

+ sobre o tema

A burguesia sem charme, sem finesse, machista e despudorada

“Eu não vou me deixar atemorizar por xingamentos que...

5 trabalhos tradicionalmente masculinos nos quais as mulheres foram pioneiras

Hoje as mulheres representam quase a metade da força...

Eu negra.

Não vou começar esse texto dizendo que sou filha...

para lembrar

Fátima Oliveira: A lei ‘acariciou a onipotência’ do goleiro Bruno

A personalidades delinquentes só a lei é que pode...

Documentário e livros revivem história de Chica da Silva

A atriz Zezé Motta lembra como se fosse hoje...

Se o casamento gay te ofende tão biblicamente, você deveria ler isso…

Quero começar dizendo que sou cristã. Sempre fui e...

Pesquisa revela que 70% dos gays de SP já sofreram algum tipo de agressão

62% dos entrevistados foram vítimas de agressões verbais, enquanto...
spot_imgspot_img

Machismo contribui para a remuneração das mulheres ser inferior à dos homens

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres têm remuneração, em média, 17% menor que a dos homens e, até mesmo...

Aos 82, Benedita da Silva lembra trajetória de luta pelas minorias: “Ainda falta muito”

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que o cenário das minorias já melhorou bastante no Brasil, mas ainda há muito a ser...

Mulheres são assassinadas mesmo com medidas protetivas; polícia prendeu 96 por descumprimento

Casos recentes de mulheres mortas após conseguirem medidas protetivas contra ex-companheiros mostram que o assunto ainda é um desafio no combate à violência contra...
-+=