Saiba o que fazer em caso de assédio no Carnaval

Enviado por / FonteDa Folha de S. Paulo

Saiba o que fazer em situações de importunação sexual, estupro ou perseguição

O Carnaval é momento de festa e comemoração, mas também uma época em que algumas pessoas, especialmente as mulheres, correm maior risco de assédio, importunação sexual e estupro. Por isso, é importante saber o que fazer nessas situações.

Coletivos feministas têm divulgado nas redes sociais manuais com orientação sobre o que fazer nesses casos e como denunciar os agressores. Elas ressaltam que é importante conscientizar homens e mulheres sobre o que configura crime.

Por exemplo, um beijo forçado, puxão de cabelo ou uma passada de mão podem ser configurados como importunação sexual, que é um crime previsto no Código Penal.

Já o estupro é quando o ato sexual é praticado com violência ou grave ameaça. Há ainda a tipificação de estupro de vulnerável, quando a vítima não tem capacidade de consentimento, como alguém que está sob efeito de drogas ou álcool e sem a percepção completa da realidade.

No início do mês, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou uma lei que obriga bares, restaurantes, casas noturnas e eventos a adotarem medidas de auxílio a mulheres que se sintam em situação de risco.

A nova legislação determina que os estabelecimentos de lazer devem adotar medidas que auxiliem mulheres que sintam em situação de agressão física, sexual ou psicológica.

Entre as novas regras está a determinação que o estabelecimento ofereça uma pessoa para acompanhar a mulher até algum meio de transporte ou até ela comunicar o problema à polícia.

Além disso, devem ser colocados cartazes nos banheiros femininos e em outros ambientes informando a disponibilidade do local para ajudar as mulheres em situação de risco.

Entre as orientações para quem passa por esse tipo de situação em blocos ou festas de Carnaval está denunciar o mais rápido possível. Por exemplo, em um bloco de rua, os organizadores podem ser acionados. Em bares ou festas, os funcionários também podem ser chamados para orientar e ajudar a vítima.

Também é possível fazer a denúncia em um posto policial ou em delegacias da mulher. Ou acionar a Polícia Militar pelo telefone 190.

“Sabemos que esses crimes vitimizam mulheres o ano inteiro em todo o Brasil, mas casos assim são intensificados durante o Carnaval, principalmente pela falsa sensação de que “tudo é permitido” —uma sensação falsa, pois tudo isso é crime”, destaca o Mapa do Acolhimento, uma iniciativa do grupo Nossas para o enfrentamento à violência de gênero.

ONDE BUSCAR AJUDA

  • em posto policial ou delegacias da mulher
  • pelo telefone 190 da Polícia Militar
  • pelo telefone 180, da Central de Atendimento à Mulher, para orientações

+ sobre o tema

Resposta do Ilê Aiyê sobre Acusação de Machismo

Texto retirado do perfil oficial do bloco Ilê Aiyê...

Camila Pitanga fala de machismo, amor e família

Capa da Marie Claire de junho, a atriz fala...

Após ser agredida por ex-BBB, Angela Sousa mostra hematomas e desabafa

Bailarina do Faustão diz já ter sido vítima de...

O baile de máscaras “Bem Te Viu, Bem Te Vê”, na Savassi – por Fátima Oliveira

Quem não foi, perdeu! O quarteirão do Ronaldo Fraga, emoldurado...

para lembrar

CNJ afasta juiz que comparou Lei Maria da Penha a ‘regras diabólicas’

Edílson Rodrigues ficará afastado por pelo menos 2 anos,...

Não deixe de AMAR! Projeto Psicopretas precisa da nossa colaboração

A AMAR – Associação de Mulheres de Ação e...

‘Fingi que era homem para poder trabalhar – até ser acusada de estupro’

Pili Hussein queria fazer fortuna procurando uma pedra preciosa...

Botswana – A ministra-sensação do continente africano

Foi a mais nova deputada e agora Bogolo Joy...
spot_imgspot_img

Dia do Orgulho LGBTQIA+: conheça a origem da data, celebrada em 28 de junho

Em todo o mundo, o dia 28 de junho é considerado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Durante todo o mês, eventos e paradas celebram as...

VoteLGBT e ANTRA lançam site com mapeamento de pré-candidaturas LGBT para as eleições municipais de 2024

Em uma iniciativa inédita no Brasil, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e a VoteLGBT, organização da sociedade civil que busca aumentar...

Sueli Carneiro e o feminismo na diáspora negra

Se minha intenção por aqui é contar sobre o movimento de mulheres em diferentes cantos do mundo, um dia depois de Sueli Carneiro completar 74 anos,...
-+=