Aparecida Petrowki – A nossa Rihanna

Enviado por / FontePor Eliane Santos, do EGO

A história de Aparecida Petrowki bem que poderia aparecer em um dos depoimentos de superação de personagens reais que encerram “Viver a Vida”. A atriz carioca de 27 anos foi filha de mãe adolescente e, só conseguiu superar alguns obstáculos da vida porque foi adotada.

“Minha mãe ficou grávida de mim quando tinha 15 anos. Como não tinha como me criar, me entregou para uma irmã de criação dela”, contou ela que nasceu no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, mas passou a vida perambulando – como ela mesma diz -, por causa das viagens da família adotiva. Foi graças à mãe adotiva, Vera Lúcia Carvalho, que ela estudou, fez curso de inglês e acabou indo parar no teatro.

“Sempre tive tudo direitinho, estudei, fiz cursos. Fui procurar o teatro quando estava quase ficando reprovada na faculdade de fisioterapia. Não conseguia falar em público, nem apresentar nenhum seminário”, lembra ela que tomou gosto pela coisa e emendou uma faculdade de artes cênicas também.

Daí em diante, Aparecida não parou mais. Ou melhor, não parou com nada, já que atendia pacientes na parte da manhã, estudava de tarde e fazia teatro à noite.

“O tempo é a gente que faz. Dá tempo para tudo. Eu ainda praticava esporte. Sempre corria à tarde para ter preparo físico para atender meus pacientes. Vivi quatro anos assim”, conta ela que hoje acha graça quando a reconhecem ou a comparam com a cantora Rihanna.

“Acho engraçado porque já estou com esse cabelo há cinco meses e só agora começaram a falar. Acho que pareço um pouco com ela, sim. Mas acho que é mais o formato do rosto e os olhos”, ri. Confira mais do papo!

EGO: Ninguém tinha ouvido falar de você antes de “Viver a Vida”. Como foi parar na novela?
APARECIDA PETROWKI: Venho do teatro e fiz o teste para a novela graças a um amigo que me falou dele. Foram oito etapas no total, mas não sabia de nada. Depois que passei é que fui saber que seria irmã da Taís Araújo.

O que achou quando descobriu que viveria um papel polêmico?
Assim que ganhei o papel, soube que a Sandrinha seria polêmica porque tinha traficante envolvido na história, uma ideia de aborto, que é sugerida, e o comportamento dela que faz tudo isso para chamar a atenção da irmã mais velha.A responsabilidade agora é manter isso tudo. Mesmo que as pessoas me xinguem na rua (risos). Aliás, já até aconteceu esses dias. Uma senhora passou me olhando, parou e falou: ‘Às vezes dá vontade de dar umas palmadas em você, mas estou gostando’.

Andam falando também que você é a cara da cantora Rihanna? Se acha parecida com ela? Essa caracterização foi coincidência. Precisava ter um corte que fosse diferente do da Helena e que fosse rebelde. Por causa do formato do meu rosto, o corte também não podia ser curto na frente. Daí, ficou a franja. Já estou com esse cabelo há cinco meses e só agora começaram a falar. Acho que tenho algumas coisas parecidas com a Rihanna, sim. Acho que é mais o formato do rosto e os olhos.

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(Foto: Marcos Serra Lima/ Globo.com)

Como está sendo a convivência com tantas estrelas?
Tranquila. Já estava acostumada com a encontrar com essas pessoas no teatro. Ou porque elas íam me ver no teatro ou que fazíamos cursos juntos. São atores fantásticos, mas não fiquei deslumbrada, não. Estou aprendendo com eles.

E como foi parar no teatro?
Fazia faculdade de fisioterapia, mas estava quase ficando reprovada porque não conseguia falar em público, não conseguia apresentar um seminário. Daí, fui orientada por um psicóloga a fazer teatro para me soltar. Gostei e acabei fazendo o curso de artes cênicas também.

Foi ao que largou a fisioterapia? Que nada. Continuei atendendo aos meus pacientes. Foi com essa grana que me mantive até começar a fazer os testes para o papel.

Seus pais não te ajudavam?
Ih, é uma longa história (risos). Sou filha adotiva, minha mãe me teve muito nova, com 15 anos, e me deu para uma irmã de criação dela. Mas conheci minha família biológica, meus irmãos.

Inspirou-se um pouco na história da sua mãe para compor a Sandra?
Sim, não tem como não pensar. Lá em casa, minha mãe foi um pouco Sandra, e eu fui um pouco Helena. Tomo conta da família, vejo as contas, aprendi na marra.

 

 

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