Casal denuncia alunos de escola particular por racismo

 

 

O Ministério Público de Araranguá deve investigar uma denúncia de racismo que envolve um casal como vítima e seis adolescentes de classe média alta como autores. Conforme a Polícia Militar de Araranguá, o casal morador do bairro Coloninha contou que foi até uma padaria no Centro para encomendar uma torta. Enquanto era feita a encomenda no balcão pela mulher, o homem aguardava próximo ao caixa, quando escutou a conversa de seis adolescentes, que segundo ele, faziam comentários pejorativos sobre um jogador de futebol, que é negro.

Indignado com o fato dos garotos fazerem comentários racistas na presença da esposa, que também é negra, o homem se dirigiu ao grupo e chamou sua atenção. Na saída da padaria, o homem e a mulher foram surpreendidos pelos garotos, que passaram a xingar o casal, tendo como alvo principal a mulher negra, para quem dirigiram adjetivos racistas. Ao perceber que os garotos usavam o uniforme de uma escola particular próxima ao estabelecimento comercial, o homem decidiu conversar com o diretor da escola, local onde os jovens foram identificados.

Na delegacia, conforme a vítima, o atendimento não foi completado e a ocorrência foi registrada na Polícia Militar, e depois, encaminhou a denúncia para o Ministério Público. No MP, a mulher vítima de preconceito prestou uma declaração, que ainda será analisada.

O casal foi recebido pelo promotor da 3ª Vara, Rodrigo Cunha Amorim, que recolheu o depoimento da mulher e deve encaminhar o caso para o titular da Promotoria da Infância e Juventude, Diógenes Viana Alves, que deve analisar o caso e decidir se formaliza ou não a denúncia.

Escola deve tomar atitudes internas – A reportagem do Jornal Amorim procurou o diretor da escola particular onde os seis adolescentes estudam para conhecer as providências tomadas pelo estabelecimento quanto a este caso. O diretor diz que apesar do fato não ter acontecido na escola, o estabelecimento não se exime da responsabilidade na educação dos alunos. Segundo ele, questões relacionadas ao racismo e à inclusão são debatidas constantemente no estabelecimento, que ensina a tratar as pessoas de modo igual.

 

 

 

 

Fonte: Abpn

+ sobre o tema

Peregun não me perca

Se o candidato da violência ganhar, para mim, nenhum xirê...

Imperialismo em chamas: Sem justiça, sem paz!

A sensação é sensacional, como diria nosso amigo rapper...

Mulher é presa após ato racista em supermercado na Zona Sul do Rio

Uma mulher de 58 anos foi presa na noite...

para lembrar

Racismo em Patos

    O negro Da Silva, do Treze, chamou o maqueiro...

Diferenças não podem significar desigualdade de direitos, diz Anielle

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, defendeu a...

Polícia desqualifica estupro ao afirmar que adolescente de 14 anos se prostituía

A ocorrência envolvendo uma adolescente de 14 anos e...
spot_imgspot_img

OAB suspende registro de advogada presa por injúria racial em aeroporto

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) suspendeu, nesta terça-feira (25), o registro da advogada Luana Otoni de Paula. Ela foi presa por injúria racial e...

Ação afirmativa no Brasil, política virtuosa no século 21

As políticas públicas de ação afirmativa tiveram seu marco inicial no Brasil em 2001, quando o governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho sancionou...

Decisão do STF sobre maconha é avanço relativo

Movimentos é uma organização de jovens favelados e periféricos brasileiros, que atuam, via educação, arte e comunicação, no enfrentamento à violência, ao racismo, às desigualdades....
-+=