Esse ano marca a celebração de 50 anos da atuação da Fundação Ford na América Latina, onde conta com escritórios no Rio de Janeiro, na Cidade do México e em Santiago. Desde 1962, a Fundação já investiu aproximadamente US$ 1 bilhão na região, apoiando atores de mudanças sociais que trabalham para a promoção da justiça social, para a construção de sociedades mais inclusivas e para a criação de oportunidades para todos os cidadãos. No início deste ano, nós anunciamos uma série de doações que fortalecerão ainda mais esses esforços e empoderar pessoas por toda a América Latina para que tenham voz na definição de políticas e instituições afetam suas vidas.
A Fundação marca esse momento com um simpósio de um dia e um jantar comemorativo, ambos no Rio de Janeiro, que reunirão líderes visionários e organizações para refletir sobre as cinco décadas de progresso, discutir sobre os desafios atuais e olhar o futuro para as novas gerações de trabalho. Veja abaixo as informações detalhadas do simpósio do dia 17 de setembro de 2012.
DEMOCRACIA, PROSPERIDADE E EQUIDADE NA AMÉRICA LATINA: REFLEXÕES E ASPIRAÇÕES
Boas-vindas e Apresentações (9h45 – 11h45)
Democracia na América Latina: Um balanço dos retrocessos, avanços e tendências
Campanhas e movimentos democráticos e de direitos humanos mudaram a vida de milhões de pessoas nos últimos 50 anos, embora os cidadãos mais vulneráveis da América Latina continuem excluídos: povos indígenas, afrodescendentes, a comunidade LGBT, os pobres urbanos e rurais e muitas mulheres e meninas. Como incentivamos uma visão que apoie a expansão ambiciosa e o aprofundamento da participação democrática, os direitos humanos e a prosperidade para todos?
Introdução
Nilcéa Freire, Representante Fundação Ford, Brasil
Moderador
Laura Greenhalgh, Editora Executivo, O Estado de São Paulo
Participantes da mesa
Marta Lamas, Feminista e antropóloga
Rafael Pardo, Ministro do Trabalho da Colômbia
Bernardo Sorj, Diretor do Centro Edelstein de Pesquisas Sociais
Eduardo Stein, Ex-vice-presidente da Guatemala
Video: Tarcila Rivera Zea (11h45 – 12h)
Perfil da visionária da Fundação Ford, Tarcila Rivera Zea, que foi pioneira na América Latina no que se refere aos esforços para dar às pessoas indígenas uma voz nacional e global.
Almoço (12h – 13h45)
Performance musical (13h45 – 14h)
Uma performance especial será realizada pela cantora, atriz e poeta Elisa Lucinda e o pianista e compositor João Carlos Coutinho.
Confrontando a pobreza e a desigualdade na América Latina (14h – 15h30min)
Apesar de uma década de crescimento econômico geral em toda a América Latina, uma a cada três pessoas ainda vive na pobreza e o continente tem os mais altos níveis de desigualdade de renda do mundo. O desenvolvimento de programas de transferência direta de renda (conditional cash transfer, CCT) para ajudar famílias pobres a comprar alimentos, manter os filhos saudáveis e pagar contas foi uma das abordagens mais inovadoras deste problema. Mas as CCTs têm limitações. O que se pode fazer para melhorar esses programas e incentivar inovações políticas que possam ajudar a tirar as famílias da pobreza e reduzir a lacuna da desigualdade?
Introdução
Myriam Méndez-Montalvo, Representante da Fundação Ford, Região Andina e Cone-Sul
Moderador
Mauricio Dias, Jornalista
Participantes da mesa
Myrna Cunningham, Presidente do Fórum Permanente da ONU para Assuntos Indígenas
Emir Sader, Secretário Executivo do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso)
Carolina Trivelli, Ministra do Desenvolvimento e Inclusão Social do Peru
Coffee Break (15h30 – 15h50)
Exibição do filme: Gilberto Gil – Viramundo (15h50 – 16h)
Em trechos do documentário de Pierre-Yves Borgeaud, o músico e ativista brasileiro Gilberto Gil apresenta, através de músicas, sua visão de um mundo mais igualitário.
Uma onda latino-americana de expressão artística e cultural (16h – 17h45)
O livre fluxo de informações e ideias é essencial para sociedades progressistas e saudáveis. Mas forças sociais, econômicas e políticas podem impor uma longa sombra sobre o mundo das artes e da cultura, conduzindo historicamente ou definindo sua expressão e alcance. Quais são as novas vozes que estão moldando a arte e a cultura na América Latina hoje? Estamos vendo a emergência de um diálogo forte Sul-Sul sobre livre expressão? Que impacto isso pode ter sobre a vida econômica e política?
Introdução
Mario Bronfman, Representante da Fundação Ford, México e América Central
Moderador
Ariel Dorfman, Autor chileno-americano e ativista de direitos humanos
Participantes da mesa
Susana Baca, Artista peruana e ex-ministra da cultura
Gael García Bernal, Ator, diretor e produtor mexicano
Gilberto Gil, Artista brasileiro e ex-ministro da cultura