Após morte de grávida, major Denice sobe o tom: ʹFeminicídio não é invenção midiáticaʹ

Durante entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira (19), a comandante da Operação Ronda Maria da Penha, major Denice Santiago, subiu o tom e voltou a chamar atenção para a gravidade do feminicídio. O caso mais recente é o de Daiane Reis Mota, de 26 anos. Ela estava grávida e, a um dia do parto, foi morta pelo marido em Serrinha.

Por Gabriel Nascimento, do Metrô1

Foto: Tácio Moreira/Metropress

“Feminicídio é a qualificação de um crime bárbaro. É o crime que vai indicar que a pessoa foi morta porque ela era mulher. Ela não foi morta porque estava andando na rua e foi assaltada ou se envolveu em uma briga. Foi morta porque era mulher”, declarou a oficial.

De acordo com a major, as mulheres que são vítimas de abusos precisam denunciar os casos o quanto antes. “Começa com um grito, uma batida de mão na mesa. É necessário contar, recorrer”, acrescentou. “Não podemos culpar ciúmes, nada disso. Temos que culpar nossa cultura. Ninguém mata por amor, por amor se vive”, pontuou.

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