Astro dos Clippers promete deixar time se racista continuar como dono da equipe

O ala-pivô Blake Griffin, astro dos Los Angeles Clippers, confirmou nesta sexta-feira que pretende defender a seleção dos Estados Unidos no Mundial da Espanha de 2014, que será disputado em agosto.

Griffin também antecipou que poderá deixar os Clippers na próxima temporada se Donald Sterling, acusado de racismo, ou sua esposa Shelly continuarem como proprietários da franquia. O jogador afirmou que agora pretende descansar e pensar na grande oportunidade que terá de fazer parte de um novo “Dream Team”, já que não participou das Olimpíadas de Londres 2012 por um problema no joelho.

“Tenho como planos jogar a Copa do Mundo”, destacou Griffin. “Estou ansioso por viver a experiência de estar com outras grandes figuras da NBA, que vão me permitir aprender muito, assim como ser treinado por Mike Krzyzewski, que me ajudará a crescer em meu jogo durante todo o processo”.

O “Coach K” já incluiu Griffin na lista preliminar dos jogadores que defenderão a seleção americana no Mundial, o que seria a estreia do astro dos Clippers no time dos Estados Unidos.

Sobre a polêmica envolvendo o dono da franquia dos Clippers, Donald Sterling, Griffin afirmou que “a única coisa que nós, os jogadores, desejamos é que a equipe tenha outro dono quando começar a nova temporada. Isso é algo que nós não podemos saber agora, por isso também não podemos dar respostas sobre o que poderemos fazer”.

O proprietário dos Clippers foi banido de forma vitalícia e multado pela NBA em US$ 2,5 milhões depois que seus comentários racistas, feitos em uma conversa telefônica com sua ex-namorada, foram divulgados pela imprensa americana.

Por enquanto, o advogado de Sterling já comunicou à NBA que seu cliente não pensa em pagar a multa e que deve recorrer à Justiça para se manter como proprietário da franquia.

Griffin reconheceu que se o assunto chegar aos tribunais e o processo se alongar na Justiça, os únicos beneficiados serão Donald e Shelly Sterling, por isso os jogadores pensam que devem ter paciência e permitir que o processo siga seu curso normal.

Fonte: ESPN

+ sobre o tema

para lembrar

Você é preconceituoso?

Segundo especialistas, todo mundo tem preconceitos. O problema é...

‘Ela só queria nos humilhar’ conta estudantes africanos sobre racismo da polícia em Porto Alegre

Samir Oliveira Quando vieram ao Brasil em busca de aperfeiçoamento...

“Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

A enfermeira Mônica Calazans foi a primeira brasileira vacinada...
spot_imgspot_img

Ação afirmativa no Brasil, política virtuosa no século 21

As políticas públicas de ação afirmativa tiveram seu marco inicial no Brasil em 2001, quando o governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho sancionou...

Decisão do STF sobre maconha é avanço relativo

Movimentos é uma organização de jovens favelados e periféricos brasileiros, que atuam, via educação, arte e comunicação, no enfrentamento à violência, ao racismo, às desigualdades....

Por que o racismo é uma crise de saúde

Quando Layal Liverpool era adolescente, na Holanda, ela começou a observar pequenas manchas sem pigmento no rosto e nos braços. O médico receitou antibióticos e...
-+=