Aumentam em 17% crimes racistas, antissemitas e homofóbicos nos EUA

Estatísticas do FBI são referentes ao primeiro ano da presidência de Donald Trump. Cifra de crimes de ódio é a maior desde 2008 e aumento foi registrado em todas as categorias; negros são as principais vítimas.

Do G1 

Manifestantes exibem cartazes contra movimento de supremacistas brancos, em Nova York, em 14 de agosto de 2017 — Foto: Reuters/Joe Penney

 

Os Estados Unidos registraram um aumento de 17% em crimes racistas, antissemitas ou homofóbicos no primeiro ano da Presidência de Donald Trump, segundo estatísticas do FBI, publicadas nesta terça-feira (13).

Em 2017 foram denunciados à Polícia 7.175 ataques por razões de etnia, origem, religião, sexualidade, gênero ou necessidades especiais, contra 6.121 em 2016, estabelece a Polícia Federal americana em seu relatório anual sobre crimes qualificados como “de ódio”.

Esta é a cifra mais elevada desde 2008 e o aumento foi registrado em todas as categorias pelo terceiro ano consecutivo. Os afro-americanos são as principais vítimas, com mais de 2 mil incidentes.

Um total de 1.130 denúncias estavam relacionadas com a orientação sexual e 938 ataques foram dirigidos a judeus, um aumento de 37%, segundo FBI.

O FBI não deu razões para explicar este aumento.

“Este informe é um chamado à ação”, disse o secretário interino de Justiça, Matthew Whitaker, em um comunicado, “particularmente preocupado” com o aumento do antissemitismo.

A divulgação dos dados se dá pouco mais de duas semanas depois do pior ataque antissemita da história dos Estados Unidos. Em 27 de outubro, um homem armado abriu fogo em uma sinagoga de Pittsburgh, no nordeste do país, e matou 12 pessoas.

Após o ataque, o presidente Donald Trump foi acusado de exacerbar as tensões na sociedade americana com sua retórica incendiária.

No âmbito de uma visita a Pittsburgh, 1.500 manifestantes pediram para que atenue seu discurso.

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