Avon se junta à ONU para combater a LGBTIfobia em ambientes de trabalho

A marca aderiu aos Padrões de Conduta da Organização e agora se compromete a agir em prol da liberdade de expressão em todos os seus espaços corporativos.

Por Ketlyn Araujo Do MDE Mulher

(Gilbert Baker/Reprodução)

Nesta segunda-feira (12), a gigante de beleza Avon formalizou um compromisso em parceria com a ONU (Organização das Nações Unidas) com o objetivo de ajudar a combater atos discriminatórios contra membros da comunidade LGBTI(lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais) em ambientes de trabalho.

A medida vale para o mundo todo, e marca a adesão da empresa nos chamados Padrões de Conduta Empresarial das Organizações das Nações Unidas, que nada mais é do que um documento responsável por reunir recomendações contra a discriminação nos mais diferentes âmbitos, entre fornecedores, parceiros de negócios, clientes e locais de trabalho.

“Os princípios-base da Avon incluem o respeito aos direitos e se aplicam a todos. Discriminação, de qualquer tipo, não é bem-vinda aqui. Queremos ser uma empresa totalmente inclusiva não só para os nossos funcionários, associados e revendedores LGBTI, mas também para nossos clientes e fornecedores. Estereótipos desafiadores estão no centro de muitas de nossas campanhas e vamos continuar trabalhando para promover representações positivas de pessoas LGBTI+ em nossos negócios”, disse Jan Zijderveld, presidente global da Avon, em comunicado oficial à imprensa.

A Avon foi uma das primeiras empresas a promover diretamente o empoderamento financeiro de mulheres, por meio da contratação expressiva de suas revendedoras, além de ser a primeira a colocar uma transexual, a ativista Candy Mel, em uma campanha veiculada na TV aberta. A drag queen Pabblo Vittar foi outra personalidade atuante em prol da diversidade convidada a fazer importantes parcerias com a marca.

Além da Avon, mais de 200 outras companhias em território global também expressaram apoio ao padrão desenvolvido pela ONU em parceria com o Instituto de Direitos Humanos e Negócios, que inclui cinco principais tópicos: respeitar os direitos humanos em todos os momentos, eliminar a discriminação no local de trabalho, fornecer suporte no local de trabalho, Impedir outras violações dos direitos humanos no mercado e atuar na esfera pública.

“Se quisermos alcançar um progresso global mais rápido em direção à igualdade para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais as empresas não terão apenas que cumprir com as suas responsabilidades em relação à preservação dos direitos humanos, elas precisam se tornar agentes ativos da mudança”, completa Zeid Ra’ad Al Hussein, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, no mesmo comunicado.

Mais informações sobre a atitude podem ser encontradas nos sites da empresae da ONU.

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