Bolt visita projeto social no Rio e “perde” corrida para criança

Mais bem humorado do que durante a entrevista coletiva de mais cedo nesta quinta-feira, Usain Bolt visitou o projeto social Futuro Olímpico, na zona oeste do Rio de Janeiro. O homem mais rápido do mundo passou cerca de 20 minutos no local, arriscou uma corrida rápida com as crianças e autografou camisetas e cadernos. Era o último evento oficial do seu primeiro dia no Brasil para a disputa de desafio de 150 metros rasos, domingo, na Praia de Copacabana.

“Eventos como esse sem dúvida ajudam a inspirar as crianças. Outro ponto importante é ter condições de treinamento. Na Jamaica temos muitas competições escolares para as crianças se desenvolverem e o resultado são os muitos recordes que temos quebrado”, afirmou Bolt.

O Futuro Olímpico é o segundo projeto social que Bolt conhece no país. Ano passado, o velocista esteve na Vila Olímpica do Mato Alto, também na zona oeste do Rio, durante sua primeira visita ao Brasil para compromissos publicitários. O projeto que funciona numa bela pista de atletismo da Universidade da Força Aérea Brasileira, no Jardim Sulacap, tem cerca de 120 crianças, que treinam ali diariamente de segunda a sexta-feira. Seu idealizador é o ex-velocista Arnaldo de Oliveira, medalhista de bronze no revezamento 4×100 metros do Brasil na Olimpíada de Atlanta/1996.

“Eu nem estava acreditando que o Bolt vinha conhecer nosso projeto. Só estou acreditando agora que ele já esteve aqui. Tenho certeza que, na semana que vem, estas crianças já vão estar muito mais motivadas para seguir no atletismo”, disse Oliveira.

O pequeno Ramón Felipe do Nascimento, de 11 anos, era a encarnação da afirmação do idealizador do projeto. Orgulhoso, ele mostrava o autógrafo que ganhou em sua camiseta e se gabava de ter ultrapassado o ídolo na pista corrida. “Eu ganhei dele, vocês viram. Ele deu mole. Agora não vou lavar esta camiseta nunca mais”, contou o garoto que sonha em se tornar um velocista assim como Bolt. “Os professores dizem que eu sou rápido. Quem sabe um dia eu não possa bater as marcas dele, né?”

Até professores mais experientes do projeto estavam emocionados com a visita do recordista mundial e olímpico dos 100 e 200 metros rasos. Segundo Gustavo dos Santos, o atletismo necessita de iniciativas como esta. “A gente sabe que o atletismo e os outros esportes ditos amadores não são como o futebol no Brasil. Não tem tanto apoio, tanto reconhecimento, e as crianças precisam de estímulos como conhecer os grandes campeões para permanecerem treinando”, explicou.

O jamaicano vai conhecer a pista montada na praia ainda nesta quinta-feira. Na sexta, participa de treinamento oficial e, no sábado, assiste à bateria entre brasileiros que vai definir um de seus adversários antes de jogar uma partida de futevôlei. O desafio é apenas na manhã de domingo e vai contar também com o antiguano Daniel Bailey e o equatoriano Alex Quiñónez.

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Fonte: Terra

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