Bonaventure Ndikung será o curador da Bienal de São Paulo de 2025

Enviado por / FonteO Globo, por Nelson Gobbi

Diretor e curador geral da HKW (Haus der Kulturen der Welt), em Berlim, o camaronês radicado na Alemanha esteve na Flup em 2018

Camaronês radicado em Berlim, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung foi anunciado nesta terça-feira (2) como o curador da Bienal de São Paulo de 2025. Diretor e curador geral da HKW (Haus der Kulturen der Welt), na capital alemã, desde o ano passado, Ndikung irá apresentar o projeto curatorial da 36ª Bienal no segundo semestre deste ano, juntamente com sua equipe curatorial. Em 2018, ele esteve no Rio como um dos convidados da sétima edição da Festa Literária das Periferias (Flup), e em 2022 voltou à cidade para a Conferência Internacional de Museus.

Nascido em Yaoundé, Camarões, em 1977, Bonaventure Ndikung mudou-se para Berlim em 1997, onde estudou na Technical University of Berlin (TU), fez doutorado em biotecnologia médica pela Heinrich-Heine-Universität Düsseldorf/TU Berlin e um pós-doutorado em biofísica pela Université de Montpellier, França. Na capital alemanhã fundou, em 2009, o SAVVY Contemporary, espaço de arte, convivência e plataforma discursiva. Entre outros eventos internacionais, assinou a documenta 14, em Kassel, na Alemanha, e em Atenas, na Grécia, em 2017; a Dak’Art, Bienal de Arte Contemporânea Africana, em Senegal (2018); e o Pavilhão Finlandês na Bienal de Veneza de 2019.

A seleção foi feita pela nova presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Andrea Pinheiro, e o comitê curatorial composto também pela vice-presidente, Maguy Etlin; o presidente do Conselho de Administração, Eduardo Saron; e os conselheiros José Olympio da Veiga Pereira, Ligia Fonseca Pereira, Marcelo Araujo, Susana Steinbruch e Paula Weiss.

“A Bienal de São Paulo não é apenas uma das bienais mais antigas e importantes do mundo, mas, como uma das poucas bienais de entrada gratuita, ela provou ser uma bienal do povo e para o povo nos últimos 73 anos”, destacou Ndikung no comunicado enviado à imprensa. “A Bienal de São Paulo me parece um sismógrafo que não apenas registra os diferentes tremores que o mundo está experimentando socioeconômica, geopolítica e ambientalmente, mas esses registros também nos oferecem possibilidades de moldar um futuro mais justo e humanitário para todos os seres animados e inanimados deste planeta”.

+ sobre o tema

‘Marte Um’ é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2023

O filme "Marte Um", do mineiro Gabriel Martins, foi escolhido...

Los Garífunas: mitad afro, mitad amerindios

Los garífunas son reconocidos por su forma sensual de...

Reinvenção do futebol: bola e arte para vencer o racismo

Em comemoração ao dia da Consciência Negra, o jornal...

para lembrar

Em discurso do centenário de Mandela, Obama é comparado a Madiba

Presidente sul-africano comparou os dois líderes, ambos vencedores do...

‘King Richard’: Will Smith é pai de Venus e Serena Williams em trailer de filme

Will Smith é Richard Williams, pai de Serena Williams e Venus Williams em King Richard -...

Conceição Evaristo: Apesar das acontecências do banzo

Apesar das acontecências do banzo há de nos restar  a...
spot_imgspot_img

Diaspóricas 2: filme revela mundo futurista a partir do olhar de mulheres negras

Recém-lançado no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), em Goiás, no último dia 13 de junho, o filme “Diaspóricas 2” traz o protagonismo negro feminino e brasileiro...

Mel Duarte celebra cinco anos do álbum “Mormaço – entre outras formas de calor” com apresentações gratuitas em São Paulo

A cantora, escritora, poeta, compositora e produtora cultural Mel Duarte, conhecida por sua brilhante performance de "spoken word", celebra o quinto aniversário do seu...

Gilberto Gil é homenageado na Uerj por contribuições culturais ao país

Cantor, compositor, escritor, produtor musical, imortal da Academia Brasileira de Letras, ex-ministro da Cultura. Dono de vários talentos e posições, Gilberto Gil ganhou nesta...
-+=