Consulta participativa sobre as ações da sociedade civil no enfrentamento aos efeitos da pandemia

Artigo produzido por Redação de Geledés

A pandemia do novo coronavírus surgida em 2020, trouxe consigo a exposição das fragilidades sociais já latentes, como a ausência ou precariedade do Estado e das políticas públicas, o aumento do desemprego, inflação no valor da cesta básica, necessidade de cuidados de higiene pessoal e coletiva, imposição de distanciamento social para evitar o contágio etc.

Os efeitos para a população dos bairros, favelas e comunidades têm sido devastadores: pela falta de condições de se manter, famílias estão se expondo ao vírus para gerar alguma renda (maior parte no mercado informal) e conseguir alimento, produtos de higiene ou pagar as contas da casa.

Não à toa, os territórios com maiores índices de mortalidade são os periféricos.

Como movimento de resposta à essa situação, lideranças comunitárias, coletivos, organizações e movimentos sociais têm buscado meios para atenuar estes impactos a partir de ações individuais ou em rede, com mobilização e articulação entre diferentes agentes e territórios para a realização de ações em conjunto, como doação de dinheiro, alimentos, itens de higiene etc.

Frente a esta realidade, a “Consulta participativa sobre as ações da sociedade civil no enfrentamento aos efeitos da pandemia” teve como objetivos:

  • Documentar o que foi vivido por organizações e líderes comunitários neste período;
  • Identificar métodos e ações de apoio, mobilização de recursos humanos e financeiros às organizações sociais de base comunitária;
  • Compreender como tais atitudes poderiam permanecer no tempo;
  • Mapear desafios que ainda persistem.

Acesse a pesquisa aqui

+ sobre o tema

para lembrar

Geledés no Setembro Amarelo

Geledés -Instituto da mulher Negra entra na campanha do...

Quilombolas do Rio Grande do Sul pedem socorro para receber alimentos

“Os alimentos não estão chegando às comunidades quilombolas. Estamos...

“A Mangueira está ajudando a redimir Jesus”, diz pastora Lusmarina Garcia

A escola de samba carioca Estação Primeira Mangueira nem...

“O racismo estrutural opera dentro da USP”

A Universidade de São Paulo (USP), a maior universidade pública da América Latina, é racista e elitista, segundo a Pesquisa Interações na USP, realizada...

“A luta antirracista e a luta antissexista é uma luta de toda a sociedade”, Maria Sylvia Aparecida de Oliveira

Na última coluna do ano, Geledés no debate deu voz à sua presidenta Maria Sylvia Aparecida de Oliveira em entrevista que faz um importante...

Kelly se tornou professora na pandemia e luta por inclusão na sala de aula

Kelly Aparecida de Souza Lima, de 46 anos, tornou-se professora voluntária de 20 estudantes durante a pandemia. A maior parte dos seus alunos é...
-+=