Em ano eleitoral, movimento gay cobra aprovação de leis contra homofobia

No ano em que as eleições podem promover a troca dos políticos nos planos estadual e federal, o movimento gay aproveita a 14ª edição da Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), que acontece neste domingo em São Paulo, para cobrar uma lei que puna ações de intolerância.

A parada gay é realizada pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, uma organização fundada em 1999. Além da marcha pelas ruas da capital paulista, a associação promove neste mês diversos outros eventos sob o mesmo tema: “Vote contra a homofobia: defenda a cidadania!”

De acordo com a associação, eles querem “chamar a atenção à necessidade de nomear candidatos comprometidos com os direitos da população LGBT. O objetivo é propor à sociedade que votar corretamente é defender a cidadania plena de todos os indivíduos”.

A parada, considerada a maior do mundo, também serve para as lideranças do movimento pedirem o boicote aos candidatos contrários à causa gay.

“Os fulanos e cricranas que não nos toleram e que acham que vão se passar mais quatro anos sem direitos, sem respeito, que ponham as barbas de molho. Suas batatas estão assando. Terão de voltar para suas igrejas e pregar a intolerância e a homofobia para seus crentes, porque não haverá lugar no Senado para eles. Vamos eleger uma nova geração de políticos, gente sintonizada com o país laico, de respeito a todas as religiões, a todos os corpos, e a todas as mentalidades”, afirmou neste domingo Michelle Meira, coordenadora de LGBT da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência.

De acordo com a associação, “candidatos homofóbicos, além de disseminar o ódio, não estão preparados para representar nossa diversidade e democracia”.

Um projeto de lei que torna a homofobia crime tramita desde 2006 no Congresso. Ele já foi aprovado na Câmara e agora precisa passar pelo crivo dos senadores.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) comparou a importância do evento para a cidade com a Fórmula 1. “Ao lado de grandes eventos como a Fórmula 1, a Parada Gay gera receita, gera empregos e além disso mostra a diversidade de São Paulo”.

Fonte: Folha.com

 

+ sobre o tema

Biden deve indicar a primeira mulher negra para a Suprema Corte

O anúncio de que o juiz progressista Stephen Breyer,...

Carta para Carolina Maria de Jesus

A carta para Carolina Maria de Jesus e que faz...

Apenas 17% dos programadores brasileiros são mulheres

Relatório da Unesco mostra a dificuldade de mulheres para...

para lembrar

8 de março: Um século de luta!

Editorial de Católicas pelo Direito de Decidir sobre o...

Senado confirma Linda Thomas-Greenfield como embaixadora dos EUA na ONU

A escolha de Linda Thomas-Greenfield reflete a intenção da...

Aposentadoria Fica, Temer Sai! Paramos pela vida das mulheres!

As mulheres sempre estiveram à frente das lutas por...
spot_imgspot_img

VoteLGBT e ANTRA lançam site com mapeamento de pré-candidaturas LGBT para as eleições municipais de 2024

Em uma iniciativa inédita no Brasil, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e a VoteLGBT, organização da sociedade civil que busca aumentar...

Sueli Carneiro e o feminismo na diáspora negra

Se minha intenção por aqui é contar sobre o movimento de mulheres em diferentes cantos do mundo, um dia depois de Sueli Carneiro completar 74 anos,...

Exposição e livro lembram os 30 anos da morte de Lélia Gonzalez

Os 30 anos de morte da pesquisadora e militante Lélia Gonzalez, um dos nomes mais importantes do pensamento antirracista brasileiro, serão lembrados na mostra Lélia...
-+=