EUA fecham 2011 com a menor taxa de desemprego desde fevereiro de 2009

Norte-americanos procuram vaga numa feira de empregos em Los Angeles: economia criou 200 mil oportunidades de trabalho em dezembro

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teve na sexta-feira (6) uma boa notícia para os seus planos de obter, nas urnas, um segundo mandato em novembro. Num claro sinal de recuperação, a economia do país gerou 200 mil empregos em dezembro, num ritmo duas vezes maior do que o resultado do mês anterior e acima dos 150 mil previstos pela média dos analistas. A taxa de desemprego ficou em 8,5%, seu nível mais baixo desde fevereiro de 2009, logo após a posse de Obama — os economistas projetavam 8,7%. No fim do ano, quando a corrida eleitoral estiver perto do desfecho, a atividade econômica deve mostrar uma retomada mais sólida, o que favorecerá o projeto democrata.

Obama comemorou o resultado, mas manteve os pés no chão. “A economia está avançando na direção correta. Estamos criando empregos. Mas, obviamente, ainda temos muito trabalho a fazer”, disse. No ano passado, a taxa de desemprego recuou 0,9 ponto percentual. Em nota, a Casa Branca afirmou que a criação de postos de trabalho é “uma evidência a mais de que a economia continua a sanear a pior crise desde a Grande Depressão dos anos 1930”. Alan Krueger, presidente do Conselho de Assessores Econômicos de Obama, pediu que o Congresso aprove medidas para assegurar que a recuperação continue, como a extensão dos cortes de impostos para contratações.

Auxílio

Em 2011, o emprego avançou pela primeira vez em quatro anos, após baixas de 0,6% em 2008, 4,4% em 2009 e 0,8% em 2010, segundo os dados do Departamento do Trabalho. Dos 11,8 milhões de postos perdidos nos quatro anos de crise global, o país recuperou 5,4 milhões desde o primeiro trimestre de 2010. As solicitações de auxílio-desemprego recuaram na última semana do ano passado (372 mil pedidos) em relação ao nível da semana anterior (387 mil).

Os dados divulgados ontem foram duplamente positivos para o presidente. Todos os setores da atividade registraram crescimento do emprego, com uma única exceção: a administração pública. Enquanto as empresas contrataram 212 mil pessoas, o governo cortou 12 mil vagas. As estatísticas fortalecem o discurso de Obama sobre a recuperação privada e enfraquecem os argumentos da oposição republicana, que tenta caracterizar a gestão dele como gastadora. Cerca de 20 milhões de pessoas continuam desocupadas nos EUA, um número ainda muito elevado, o que justifica a cautela de Obama.

Decisão isolada

O governo francês não vai esperar pelos sócios europeus para introduzir um imposto sobre as transações financeiras, afirmou ontem o presidente Nicolas Sarkozy. “Introduziremos essa taxa porque cremos nela”, disse. Segundo ele, é inaceitável que a movimentação de recursos seja isenta. O ministro da Economia, François Baroin, confirmou a intenção. O governo alemão reiterou que a tributação deve ser adotada em conjunto pela União Europeia.

 

 

 

Fonte: Correio Braziliense

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