Índio apurinã denuncia órgãos públicos por racismo e outros crimes

Paulo Apurinã entrará com ação no Ministério Público Federal contra o Ibama e a Polícia Federal, em virtude da prisão ocorrida na última quarta-feira

O indígena Paulo Ribeiro da Silva, 37, o Paulo Apurinã, promete entrar na próxima segunda-feira (28) com uma ação no Ministério Público Federal (MPF/AM), denunciando a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelas práticas de racismo, abuso de autoridade, constrangimento e danos morais, em virtude da prisão sofrida na última quarta-feira (23), no aeroporto internacional Eduardo Gomes, localizado no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.

Na ocasião, Apurinã tentava embarcar para Belo Horizonte (BH), quando advertido por um fiscal do Ibama, de que não poderia embarcar com um cocar de araras azuis, teve início uma confusão, que resultou na sua prisão por agentes da Polícia Federal

“Vou exigir reparação pela exposição de imagem a que fui submetido, bem como os gastos com a viagem que não realizei”, declara.

O indígena reconhece que em meio à confusão elevou o tom de voz, mas nega ter desacatado os policiais federais, o que teria motivado a sua prisão.

Apurinã faz críticas tanto ao Ibama, quanto à Polícia Federal de não darem o treinamento adequado aos seus servidores, no que diz respeito ao conhecimento de legislações específicas, como a lei 6.001/73 (Estatuto do Índio) e os artigos 231 e 232, da Constituição Federal.

No próximo dia 4 de dezembro, Paulo Apurinã, irá passar novamente pelo aeroporto, em virtude de uma viagem à Brasília, e afirma que irá levar o cocar que causou o mal entendido.

Fonte: A Crítica

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