Juninho Pernambucano: “Sofri censura ao vivo na TV. Nenhum jornalista me defendeu”

Na primeira entrevista após deixar a Globo, o ex-jogador reitera críticas à imprensa e conta como o futebol ajudou a despertar sua consciência política

Por BREILLER PIRES, do El País 

Foto: Globo/João Miguel Júnior

Heptacampeão francês pelo Lyon e ídolo do Vasco, o ex-meia Juninho Pernambucano acaba de se mudar para os Estados Unidos. Estabelecido em Los Angeles, tomou a decisão de respirar novos ares pela família. Aos 43 anos, está prestes a se tornar avô e vai acompanhar de perto as últimas semanas de gravidez da filha mais velha, Giovanna. Ele explica que a saída do Brasil não foi motivada pelo rompimento de contrato com a Rede Globo, onde era comentarista de futebol desde 2014. Em entrevista ao EL PAÍS, Juninho reclama ter sofrido censura na emissora por questionar o trabalho da imprensa, especialmente o dos setoristas. “Até o episódio da minha saída, seria injusto dizer que eu fui impedido de falar”, afirma. No fim de abril, durante o programa em que opinou que os jornalistas que cobrem os clubes “são muito piores hoje em dia”, a direção de jornalismo do SporTV, canal fechado de esportes da Globo, emitiu uma nota oficial condenando os comentários do ex-jogador.

Além da reprimenda lida ao vivo, que o levou a pedir demissão, ele conta que já havia acumulado desgastes com companheiros de emissora (leia a resposta da TV no fim da entrevista). “Discussões pesadas, de apontar o dedo na cara e tudo mais. Só não teve vias de fato.” Apesar de ostentar um diploma em gestão pela UEFA, Juninho não manifesta interesse em atuar nos bastidores do futebol. Por enquanto, seu único plano é passar uma temporada aprimorando o inglês e, ainda que à distância, se manter ativo no debate político nacional.

Leia a entrevista completa aqui

+ sobre o tema

Médicos Sem Fronteiras afirmam que mundo está perdendo batalha contra ebola

Segundo organização Médico Sem Fronteiras considera que luta contra...

A grande farsa: A quem serve o discurso de que Direitos Humanos só defende bandido?

O discurso, que nos remete aos porões ideológicos da...

Geledés propõe na ONU mudanças complementares no texto da Declaração de Durban

Geledés – Instituto da Mulher Negra é a única organização da sociedade...

Surto de microcefalia em bebês faz País decretar emergência sanitária nacional

Há ainda notificações no Rio Grande do Norte e...

para lembrar

Maria do Rosário define nomes para pasta de Direitos Humanos

Maria do Rosário foi nomeada a nova ministra-chefe da...

Mídia hegemônica destaca quando negro é responsabilizado pelo racismo

O antropólogo Antonio Risério e a ex-consulesa da França,...

Documento final da CSW leva parecer de organizações negras do Brasil

Em parceria estabelecida entre Geledés - Instituto da Mulher...
spot_imgspot_img

Geledés participa da 54ª Assembleia Geral da OEA

Com o tema “Integração e Segurança para o Desenvolvimento Sustentável da Região”, aconteceu entre os dias 26 a 28 de junho, em Assunção, Paraguai,...

Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos abre inscrições para sua 46ª edição

As inscrições para a 46ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos estão abertas de 20 de junho a 20...

Dando luz à conscientização: gravidez na adolescência 

Entre sonhos e desafios, histórias reais se cruzam no país onde a cada hora nascem 44 bebês de mães adolescentes, aponta o Sistema de...
-+=