Lei de Emergência Cultural é aprovada na Câmara dos Deputados

Enviado por / FonteO Estado de S.Paulo

Depois de uma sessão virtual na tarde dessa terça, a chamada Lei de Emergência Cultural (PL 1075/2020) foi aprovada pela Câmara dos Deputados. O projeto destina R$ 3,6 bilhões para os municípios, estados e Distrito Federal. Eles devem repassar essa verba aos trabalhadores do setor cultural para que sejam feitas manutenção de equipamentos e chamadas públicas. Apesar da aprovação na casa, a votação precisa agora tramitar no Senado.

A música é uma das áreas mais afetadas pela pandemia, e deve ser uma das últimas a retornar às atividades. Nesta segunda, 25, um grupo de produtores responsáveis por mais de 100 festivais pelo País publicaram um manifesto pedindo sensibilidade dos governos para o setor. Na votação da PL, apenas o partido Novo se posicionou contra. Seu representante, o deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), disse que não concordava com o cuidado diferenciado para a classe.

O Projeto de Lei, batizado como Lei Aldir Blanc, é de autoria da deputada federal Benedita da Silva (PT) e foi pensado juntamente com representantes do setor cultural. classe artística. O líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que existe pontos de concordância do presidente com a proposta, algo que fará a diferença quando chegar o momento de, passadas as votações no Senado, chegue o momento de sua aprovação.

Além do repasse de R$ 3,6 bilhões, o projeto garante renda emergencial de, no mínimo, R$ 600 para trabalhadores informais, com comprovação de necessidade; subsídio de R$ 3 mil a R$ 10 mil para espaços culturais e artísticos que possibilitem uma programação cultural mensal destinada a alunos de escola pública ou em espaços públicos após a pandemia; proibição no corte de água, energia elétrica e serviços de comunicação das pessoas que atuem no setor cultural que estiverem inadimplentes com as respectivas empresas concessionárias; linhas de crédito aos trabalhadores e às pessoas jurídicas para fomento de atividades e aquisição de equipamentos, com condições especiais para negociação do débito; suspensão de seis meses nos débitos tributários com a União para pequenas empresas do setor, com prazo de pagamento de um ano após o fim do período explicitado; priorização de recursos dos programas federais para atividades online; e prorrogação de um ano para aplicação de recursos em projetos já aprovados.

+ sobre o tema

Na USP, professor deixa legado de R$ 25 milhões – e um recado às elites

Stelio Marras é professor e pesquisador do Instituto de Estudos...

Prefeitura de SP omite de Moraes caso de mulher que teve aborto negado por falta de profissionais

Ao menos uma mulher teve o procedimento de aborto legal negado...

Jovem é preso com centenas de símbolos neonazistas no centro de SP

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu nesta quarta-feira (26) centenas...

Porte de maconha para uso pessoal: entenda como fica a proposta em análise no Congresso após a decisão do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir, nesta quarta-feira...

para lembrar

Grupos de direitos humanos denunciam Bolsonaro em tribunal internacional

Entidades brasileiras acusam presidente de 'crime contra a humanidade'...

A força política de um turbilhão chamado internet

- Na semana passada, a Petrobrás passou a publicar,...

Rede criada na França reúne brasileiros que se sentem ameaçados pelo governo Bolsonaro

Grupo criado em Paris reúne acadêmicos, estudantes e representantes...

Assembleia de Deus articula partido próprio

Pastores já coletam assinaturas para nova sigla; Igreja é...

STF retoma julgamento sobre descriminalização de maconha

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (25) o julgamento sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. A sessão está...

Deputadas do PSOL entram na Justiça para suspender censura a livro sobre mulheres na ciência

As deputadas Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP) entraram com uma representação na Procuradoria de São Paulo contra a prefeitura de São José dos Campos pela censura ao livro "Meninas...

Metade das crianças violentadas foi agredida mais de uma vez

O Brasil registrou 58,3 mil casos de estupro de crianças e adolescentes de até 14 anos entre 2020 e 2022. Segundo dados do Sistema de Informação...
-+=