Lily Allen se defende quanto a acusação de racismo em clipe de Hard Out Here

O novo clipe de Lily Allen, Hard Out Here, lançado nesta terça (12) faz uma crítica ácida e irônica quanto a objetificação da mulher no mundo pop. Contudo, houve quem enxergasse racismo por parte da cantora no vídeo por conta de todas as dançarinas dele serem negras.

Lily se defendeu de tais acusações no twitter, em que colocou uma lista de motivos pelos quais ela considera que as críticas não tem fundamento.

Leia a tradução:

“Privilégio, superioridade e equívacos

1. Se alguém pensou por um segundo que eu pedi raças específicas para o vídeo, ele está errado.

2. Se alguém acha que depois de as garotas fazerem a audição elas seriam dispensadas por causa da cor da pele delas, ele está errado.

3. A mensagem é clara. Ainda que eu não quisesse ofender ninguém, eu me esforcei para provocar pensamentos e conversas. O vídeo pretendia ser uma sátira alegre que lida com a objetificação da mulher na cultura pop moderna. Não tinha absolutamente nada a ver com raça.

4. Se eu pudesse dançar como aquelas moças podem, seria o meu traseiro nas telas de vocês. Na verdade, eu ensaiei por duas semanas para tentar aperfeiçoar o meu twerk, mas eu falhei miseravelmente. Se eu tivesse um pouco mais de coragem, eu teria usado biquíni também, mas eu não tenho e tenho celulite crônica, o que ninguém quer ver. O que eu estou tentando dizer é que eu estar vestida não tem nada a ver com eu tentando me desassociar das meninas, tem mais a ver com as minhas próprias inseguranças e eu apenas quria me sentir o mais confortável possível no dia das gravações.

5. Eu não vou me desculpar porque eu acho que isso implicaria eu ser culpada de algo, mas eu te prometo isto, de nenhuma maneira eu me sinto superior a ninguém, exceto pedófilos, estupradores assassinos e etc., e eu não ficaria apenas surpresa mas profundamente triste se eu soubesse que qualquer um terminou de ver o vídeo se sentido aproveito ou comprometido de alguma maneira.”

Veja o clipe de Hard Out Here:

Fonte: Virgula

+ sobre o tema

para lembrar

Narcisismo e Ideal de Ego – resumo “Tornar-se negro” – Cap. IV

por José Ricardo D' Almeida Ao fim do capítulo anterior...

Xenofobia ou racismo, NÃO!

Nelson Gervoni * Adital - Fiquei estupefato! Admiradíssimo!...

“Justiceiros” que torturaram jovem são presos por tráfico de drogas

“Justiceiros” que torturaram e amarraram jovem em poste são...

Jovem usou empregada doméstica para burlar sistema de cotas na UERJ

    RUBEN BERTA, RIO - Em entrevista na manhã desta quarta-feira,...
spot_imgspot_img

OAB suspende registro de advogada presa por injúria racial em aeroporto

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) suspendeu, nesta terça-feira (25), o registro da advogada Luana Otoni de Paula. Ela foi presa por injúria racial e...

Ação afirmativa no Brasil, política virtuosa no século 21

As políticas públicas de ação afirmativa tiveram seu marco inicial no Brasil em 2001, quando o governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho sancionou...

Decisão do STF sobre maconha é avanço relativo

Movimentos é uma organização de jovens favelados e periféricos brasileiros, que atuam, via educação, arte e comunicação, no enfrentamento à violência, ao racismo, às desigualdades....
-+=