Por Leno F. Silva
Desconheço todas as dores do mundo, mas algumas dores minhas, conheço. A primeira que tenho lembrança foi uma dor de dente insuportável que tive na adolescência e me valeu a primeira ida ao dentista para uma obturação. Até hoje me recordo do ruído daquele motorzinho.
Outra dolorosa situação deu-se em 2008, quando fui acometido pelo pinçamento do nervo ciático, que me custou quinze dias de molho e uma semana de dor inesquecível. Na época consultei ortopedista e fui alertado que tenho uma pequena protrusão discal posterior que, dependendo das circunstâncias, que causa incômodo mas, felizmente, não é uma hérnia de disco e nem há necessidade de cirurgia.
Depois da crise, como tratamento preventivo, fiz RPG, perdi peso, faço alongamento sempre que me lembro, mas esse tipo de enfermidade tem lá a sua própria lógica e, de vez em quando, me revisita.
Como a coluna é o eixo do corpo, o seu equilíbrio é fundamental para o bem viver. E como viver não é simples, quando a vida manifesta algum desequilíbrio, a danada dor da coluna se faz presente, na sua expressão mais notável, que exige ação imediata.
Nos últimos quarenta dias e em situações distintas, a dor da coluna se manifestou em mim. Agi rápido com os medicamentos mais indicados e sessões extras de acupuntura. A dor chegou sem avisar, mas a sua partida é lenta e no seu tempo.
Adaptei-me ao ritmo dela sem deixar de fazer o que precisava. Hoje ela quase disse adeus. Os seus ensinamentos foram incorporados, para que outro episódio não me acometa nos próximos cinquenta anos. Além disso, tomarei os cuidados preventivos. Uns são relativamente fáceis. Contudo, outros exigirão diferentes transformações: algumas mais simples e outras nem tanto. E assim é a vida. Por aqui, fico. Até a próxima.
