Petrópolis, RJ, avalia casas destinadas à comunidade quilombola

Setecentos e noventa mil reais. Esse foi o investimento da Prefeitura de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, em um projeto para a construção de 13 casas destinadas aos moradores da comunidade quilombola. Eles perderam tudo na tragédia de janeiro de 2011 e ainda moram em um abrigo, de forma improvisada. Nesta sexta-feira (29), uma comissão da prefeitura foi até o local para avaliar o que falta para concluir os trabalhos.

A placa de inauguração já ficou pronta, mas as casas ainda não foram concluídas. Quando chove, os caminhões não conseguem atravessar a estrada de terra até o Quilombo Tapera. Uma decepção para os remanescentes do quilombo, que passaram o segundo Natal fora de casa, mas não perdem a esperança.

As casas em construção são destinadas aos 54 descendentes dos escravos de Agostinho Golão, dono da Fazenda Santo Antônio, no século XIX. Enquanto esperam a construção, eles moram em uma antiga cocheira, alugada pelo grupo.

São treze casas no total, mas apenas doze foram montadas até agora. Elas são construídas com uma tecnologia canadense. As paredes são de plástico PVC, preenchidas com uma massa de concreto e isopor. As casas têm dois quartos, cozinha, banheiro, sala e varanda, mas ainda falta instalar o teto e o piso.

Do valor total do projeto, R$ 790 mil, a empresa construtora já recebeu R$ 365 mil. O secretário de Assistência Social, Luis Eduardo Peixoto, que está deixando o governo, diz que o restante da verba está reservada nos cofres da prefeitura e garante que as 13 famílias irão receber as casas.

O Procurador da República em Petrópolis, Charles Pessoa, também acompanhou a visita. Ele informou que existe um inquérito no Ministério Público Federal para garantir os direitos dos remanescentes do Quilombo Tapera. Segundo ele, o Ministério Público vai acompanhar a situação de todas as famílias, para que elas sejam reassentadas na área do quilombo.

 

Fonte: G1

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