Pobreza está associada a racismo e discriminação

Um relator das Nações Unidas disse que legados históricos, como o impacto da escravidão e da colonização, continuam a ser as principais razões de desvantagens socioeconômicas em muitas partes do mundo.

Mutuma Ruteere, relator sobre formas contemporâneas de racismo, fez a declaração durante a apresentação do seu relatório sobre o tema, nesta segunda-feira, em Nova York.

O documento diz que minorias étnicas e raciais são desproporcionalmente atingidas pela pobreza com a falta de acesso à saúde, à educação e à moradia adequada.

O relatório de Ruteere, que tem como foco a ligação entre o racismo e a pobreza, afirma que os desequilíbrios históricos continuam afetando grupos de discriminados.

Isso faz com que gerações sucessivas herdem as desvantagens e os problemas de seus antecessores.

Para o relator, a “discriminação baseada em fatores com raça, religião, etnia, idioma ou poder socioeconômico agravam a vulnerabilidade dessas pessoas.”

Segundo ele, os governos têm a obrigação de evitar a marginalização e garantir a segurança e proteção dos direitos humanos desses grupos.

Ruteere recomendou que os Estados-membros revisem e recriem programas que possam ter um efeito negativo sobre minorias raciais e étnicas. Ele sugeriu ainda que os governos implementem medidas para melhorar os direitos civis, culturais, econômicos, políticos e sociais das pessoas.

O especialista apresentou ainda um outro relatório à Assembleia Geral falando sobre os contínuos desafios que partidos políticos extremistas representam aos direitos humanos e democráticos.

Entre esses movimentos, Ruteere citou grupos neonazistas e os skinheads. O documento contou com informações colhidas em 16 países, como também de ONGs, agências intergovernamentais e outras organizações envolvidas nesse assunto.

 

 

Fonte:  Além da Economia 

+ sobre o tema

Justiça determina que UFSM mantenha cotista afrodescendente

Comissão questionou raça e origem do aluno e cancelou...

ITÁLIA: Kadhafi pede 5 mil milhões de euros à UE para evitar “Europa negra”

O líder líbio, Moammar Kadhafi, deixou hoje Itália...

Daniela Mercury faz post contra violência racial no Brasil

Seguidores apoiaram causa de Daniela e aproveitaram o post...

Veículos de comunicação popular do Rio discutem pouco o racismo, diz pesquisa

por Cristina Indio do Brasil A organização não governamental Observatório de...

para lembrar

Futebol, violência policial, classe social e racismo – Artigo de Pedro Almeida

Para aqueles que seguem atentamente o futebol, especialmente nos...

Idoso é preso por racismo contra médico em hospital de MS

Nadyenka Castro Profissional conta que atendia a filha do suspeito...

O racismo que mata por Carolina Trevisan

Maria Carolina Trevisan O homicídio de um jovem negro mobilizou...

Jornalista é vítima de injúria racial dentro de supermercado da Baixada Fluminense

O colunista Daniel Nascimento, do jornal O Dia, foi...
spot_imgspot_img

Ação afirmativa no Brasil, política virtuosa no século 21

As políticas públicas de ação afirmativa tiveram seu marco inicial no Brasil em 2001, quando o governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho sancionou...

Decisão do STF sobre maconha é avanço relativo

Movimentos é uma organização de jovens favelados e periféricos brasileiros, que atuam, via educação, arte e comunicação, no enfrentamento à violência, ao racismo, às desigualdades....

Por que o racismo é uma crise de saúde

Quando Layal Liverpool era adolescente, na Holanda, ela começou a observar pequenas manchas sem pigmento no rosto e nos braços. O médico receitou antibióticos e...
-+=