Quase tatuagem: na África, as pessoas fazem arte na própria pele

A técnica da escarificação, marcas feitas na pele através da navalha, são parte da cultura de algumas tribos africanas como Bodi, Mursi e Surma, que vivem na Etiópia, além de Karamojong, no Uganda, e Nuer, no Sudão do Sul. Testas marcadas, por exemplo, são consideradas uma parte fundamental no processo de transição de menino para homem, enquanto algumas cicatrizes representam um sinal de pertença a determinadas tribos.

Essas marcas impressionantes de cicatriz formam agora a incrível série de fotografias do fotógrafo francês Eric Lafforgue, que viajou pelo continente africano observando as cerimônias de corte e conhecendo os locais. Durante uma visita à tribo Surma, que vive no remoto Vale do Omo, ele assistiu a uma cerimônia de escarificação, que envolveu a criação de símbolos, onde foram usados apenas espinhos e uma navalha.

Em reportagem ao Daily Mail, Lafforgue disse que uma garota de 12 anos não mostrou nenhum sinal de dor durante os 10 minutos de escarificação, permanecendo em silêncio. Após o término, a menina confessou que estava à beira de um colapso, mas que as marcas são um sinal de beleza dentro da tribo, embora mulheres não sejam obrigadas a participar.

A prática tem se tornado arriscada, pois ao utilizar a mesma navalha em diversos membros da tribo, surge um problema: a hepatite. Além disso, a AIDS também faz parte dos riscos a que essas tribos estão expostas.

Porém, Lafforge explicou que a arte tribal está desaparecendo aos poucos. “Em parte, por causa de uma melhor educação e aumento do número de pessoas que se voltaram para o cristianismo, mas também porque é um sinal muito visível de pertencimento tribal em uma área que tem sofrido muitas disputas”, explicou ele ao tabloide.

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Fotógrafo registra tribos e comunidades remotas prestes a serem extinguidas; veja fotos

 

Fotografias de tribos do Vale do Rio Omo

 

Fonte: Hypeness

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