Seminário Internacional sobre Dados Desagregados por Raça e Etnia da População Afrodescendente das Américas

 

por: Nilza Iraci

 

Aconteceu em Brasília, nos dias 23 e 24 de junho (antecedendo a II CONAPIR), o Seminário Internacional sobre Dados Desagregados por Raça e Etnia da População Afrodescendente das Américas que reuniu certa de 100 representantes de organizações da sociedade civil, universidades, organismos governamentais de estatísticas nacionais de diferentes países da América Latina, América Central e Caribe; representantes da CEPAL-CELADE e de agências das Nações Unidas de toda a região.

Este Seminário faz parte de um ciclo de debates e elaboração de propostas que permitam adotar metodologias de coletas de dados de afrodescendentes e indígenas nos Censos nacionais que acontecerão a partir de 2010. Dos 19 países latinoamericanos, apenas nove possuem base de dados sobre afrodescendentes, estendida também aos povos indígenas.

O Seminário de Brasília foi antecedido por outros  que aconteceram, a em novembro de 2008 no Chile (CEPAL), em dezembro de 2008 (Colômbia, organizado pela Organização Panamericana de Saúde), e em Porto Rico (Águas Calientes).  O objetivo de todos esses Seminários era o de articular ações nos diferentes países, para que se cumpram os Planos de Ação de Santiago e de Durban, de modo a se produzir estatísticas confiáveis acerca das populações afrodescendentes e indígenas.

O Seminário de Brasília, encerrado neste dia 24 de junho, criou um grupo de trabalho com representantes de diferentes páises, sendo três representantes do Brasil (Marcelo Paixão, Wania Sananna e Maria Inês Barbosa, responsável pela organização deste Seminário) que terá a tarefa a ser desenvolvida nos próximos seis meses de apresentar informações, estudos e articular os diferentes organismos envolvidos com os Censos para que se elaborem em cada país metodologias capazes de contar adequadamente as populações afrodescendentes e indígenas. Esta tarefa, que em muitos países encontra fortes resistências governamentais, se apoiará na experiência brasileira de crescente produção de dados desagregados por cor/ raça e etnia.

Em anexo, as apresentações em Power point da/os especialistas nas mesas do Seminário.

{rsfiles path=”raca-e-etnia” template=”default”}

+ sobre o tema

AGU e Ministério da Igualdade Racial realizam aula inaugural do programa Esperança Garcia

A Advocacia-Geral da União (AGU), em parceria com o...

Operação resgata 12 pessoas em condições análogas à escravidão

A Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério...

A saga de uma Nobel de Economia pelo ‘Pix do desastre climático’

Mesmo com seu Nobel de Economia conquistado em 2019,...

para lembrar

BRASIL: O país onde mulher negra não tem vez

Desemprego entre homens brancos no Brasil é de 4,4%,...

Uma sociedade nascida estamental sempre será estamental?

É um acinte à democracia o desrespeito com a figura...

Preso Capitão Marinho. Racismo institucional?

  O advogado e oficial negro do Exército, Mário Soares,...

Emanoel Araujo peitou a elite como negro, baiano e gay à frente da Pinacoteca

Quando Emanoel Araújo foi anunciado para ser o nome à frente...

Vitória da extrema direita na França afetará guerras, Mercosul e clima

Uma vitória da extrema direita ameaça gerar um profundo impacto na política externa da França --a segunda maior economia da Europa-- com repercussão na...

Extrema direita francesa choca com slogan: ‘Dar futuro às crianças brancas’

O avanço da extrema direita na França abre caminho para campanhas cada vez mais explícitas em seu tom xenófobo. Nesta semana, um dos grupos...

Supremocracia desafiada

Temos testemunhado uma crescente tensão entre o Poder Legislativo e o Supremo Tribunal Federal. Essa tensão não decorre, no entanto, apenas do ressentimento de...
-+=