Aqui tem uma pequena biografia da Gabriela, mas primeiro, assiste um video feito em abril do 2013 para as extras do DVD no qual ela comenta sobre o que ela acha importante você saber:
Nascida em 1951, em São Paulo, numa família de classe média, Gabriela Leite tornou-se a principal ativista dos direitos das prostitutas no Brasil. Filha da contracultura dos anos 70, trocou a faculdade de sociologia pela prostituição, primeiro em sua cidade, depois em Belo Horizonte e no Rio. Diante das frequentes violações dos direitos de suas colegas, iniciou trabalho nacional de organização da categoria, a partir da desconstrução de representações socialmente aceitas sobre a prostituição, dando-lhe novos sentidos e buscando o seu reconhecimento como profissão. Foi também durante a década de 1980 que promoveu os primeiros encontros nacionais de prostitutas, passou a fazer parte do movimento internacional e criou o jornal ‘Beijo da rua‘, para fazer circular os novos discursos e afirmar como sujeitos sociais as mulheres da vida. Incentivou ainda o movimento a entrar na luta contra a Aids, incorporando a saúde como direito, instrumento de cidadania e de controle social de políticas públicas.
Nos começo dos anos 1990 fundou a ONG Davida, que intervém na sociedade por meio de ações culturais e de comunicação como serestas, bloco de carnaval e apresentações teatrais, além de estudos, pesquisas e documentação. Em 2005, para financiar projetos da ONG, idealizou a grife Daspu. As coleções desenvolvidas em parceria com profissionais de moda amplificaram a voz e a presença das prostitutas, atraindo público e mídia nacional e internacional às passarelas-passeatas em ruas, cabarés, teatros e universidades, bienais de arte e conferências internacionais. Fellow da organização de empreendedores sociais Ashoka e autora do livro ‘Filha, mãe, avó e puta’, adaptado ao teatro e em adaptação para cinema, Gabriela foi candidata a deputada federal pelo Partido Verde em 2010, defendendo o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, a união civil homossexual, o direito ao aborto e a regulamentação da prostituição. Não se elegeu, mas tampouco encerrou a sua transgressora luta por direitos.
Fonte: Um Beijo para Gabriela